Pacientes latino-americanos devem esperar em média 4,7 anos para ter acesso a tratamentos inovadores ou de ponta

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Pacientes latino-americanos devem esperar em média 4,7 anos para ter acesso a tratamentos inovadores ou de ponta

Um medicamento aprovado pela agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) em outubro de 2024 só estará disponível ao público nos sistemas de saúde latino-americanos em agosto de 2029 (em média).

9 de outubro de 2024. A FIFARMA lançou a terceira edição do relatório W.A.I.T Indicator 2024, que mede os tempos de acesso a medicamentos inovadores na América Latina. 

O relatório de 2024 abrange cinco áreas terapêuticas: oncologia, doenças órfãs, imunológicas e inflamatórias, sistema nervoso central e cardiometabólica. No total, foram monitoradas 365 moléculas ou tratamentos aprovados pelas agências reguladoras dos Estados Unidos (FDA) e a União Europeia (EMA) nos últimos dez anos (2014-2023). Estas moléculas representam 80% de todas as novas substâncias ativas (NSA) lançadas internacionalmente no período do estudo. O número de países analisados ​​também é ampliado para dez: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e República Dominicana.

Principais resultados do relatório

Há disponibilidade limitada de medicamentos inovadores ou de próxima geração na América Latina. 61% dos medicamentos aprovados internacionalmente (FDA ou EMA) têm aprovação regulamentar local em pelo menos um país, mas apenas 35% têm disponibilidade pública total ou parcial. No caso dos tratamentos mais recentes, a disponibilidade é consideravelmente reduzida. Dos medicamentos aprovados internacionalmente em 2020, menos de 12% tinham disponibilidade pública total ou parcial na nossa região, indicando que a inovação não está a chegar aos pacientes ao ritmo que ocorre.

Os tempos de espera são longos para o acesso a medicamentos de última geração. Na América Latina, um novo medicamento pode levar em média 4,75 anos para ter disponibilidade pública, limitada ou completa após aprovação regulatória nos Estados Unidos (FDA) ou na União Europeia (EMA). Nessas condições, um medicamento aprovado pela FDA ou EMA em outubro de 2024 só estará disponível ao público nos sistemas de saúde latino-americanos em agosto de 2029. 

“Um caso identificado pelo estudo, que mostra claramente os atrasos nos processos de aprovação e acesso, é o dos tratamentos para doenças órfãs e oncológicas, onde 87% não tiveram qualquer progresso no seu processo de aprovação regulatória ou acesso público no último ano (2023-2024) na América Latina.” menção Andre Ballalai, Associado Sênior da IQVIA e líder de projeto.

“A aprovação regulamentar, os prazos de reembolso e o acesso a medicamentos inovadores na região enfrentam atrasos significativos. Em países como Colômbia, Chile e México, estes processos excedem a média regional, demorando mais de 5 anos. Relatórios como o W.A.I.T nos fornecem dados fundamentais para analisar esta complexa realidade. Só com a compreensão do ambiente de saúde da região poderemos promover espaços de diálogo e colaboração que nos permitam traçar um roteiro claro para reduzir os tempos de acesso, colocando sempre os pacientes no centro da conversa. “Esta é uma responsabilidade partilhada e na FIFARMA assumimos esse compromisso como prioridade.” afirmou Yaneth Giha, Diretor Executivo da FIFARMA.

O FIFARMA W.A.I.T. (Waiting to Access to Innovative Therapies) O indicador 2024 foi elaborado por IQVIA, empresa multinacional líder em pesquisa e análise avançada na área de ciências da saúde, em estreita colaboração com a equipe FIFARMA e associações locais da indústria farmacêutica. 

Contato de imprensa
Raquel Sorza
rsorza@fifarma.org

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FIFARMA W.A.I.T. Indicator 2024
(Solo Inglês)

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